terça-feira, 10 de maio de 2011

Oficina de música mantida por voluntários atrai jovens

Cerca de 25 alunos se dividem em aulas de violão, guitarra, teclado e bateria.

Violão, guitarra, baixo, bateria, teclado e teoria musical. Escola de música em São Sebastião oferece aulas das seis modalidades a baixo custo para comunidade. A iniciativa é de músicos amadores, com intuito de ensinar princípios religiosos por meio da música. A oficina oferece oportunidade de aprendizado da arte às pessoas. Todos os sábados, às 9h, o templo da Igreja Batista Filhos de Sião abriga a Oficina de Música Freedom. O termo significa liberdade, em inglês. Para o líder do projeto, Robson Weenden, 20 anos, o nome passa a ideia de que tocar instrumentos deixa o ser humano mais livre. Antes, as aulas eram restritas apenas aos fiéis da igreja. "Hoje, usamos a oficina também como evangelismo,"afirma o líder do projeto. Todos os professores são membros da igreja Filhos de Sião. A oficina recebe aproximadamente 25 alunos que podem optar por mais de um instrumento. O número máximo é limitado a 15 alunos por professor. A escola é voltada para jovens a partir de 12 anos, mas adultos também são bem-vindos. O projeto funciona há cerca de três anos e passou por recente remodelagem. "O objetivo é dar de graça o que foi recebido de graça" diz Wendeen, em referência à musicalidade, o que considera um dom. Desde fevereiro, no entanto, está sendo cobrado o valor mensal de R$ 10 para manutenção dos instrumentos. Alunos com carência comprovada são isentos. O professor de guitarra Weldo Carvalho, 17, reforça que o dinheiro que é pago pelos alunos é usado apenas para manter os instrumentos em perfeitas condições para os alunos. O trabalho realizado pelos professores é voluntário. "Eu dou aula porque é a única coisa que posso fazer pelos outros," afirma o guitarrista. Thiago Castro, da mesma idade, também é professor e ministra aula de baixo e teoria musical. Autodidata, Castro afirma que decidiu atuar no projeto porque quando estava aprendendo a tocar o instrumento sentia dificuldade e não tinha ninguém para lhe ensinar. O jovem recentemente iniciou curso de teoria musical em uma instituição privada para se capacitar para as aulas. Critérios Para participar, tanto alunos como professores devem seguir regras estabelecidas por termos que são assinados no inicio das atividades. Segundo o documento, os docentes são compelidos a ministrar suas aulas com atenção, bom humor, dedicação, alegria e amor. Já os alunos devem se comprometer a não faltar mais que 30% das aulas, sob pena de perder a vaga. Além do compromisso de não atrapalhar o desenvolvimento do outro e nem das atividades. Felipe Mendes, 17, faz aula de teclado. Ele considera uma boa experiência. Escolheu o instrumento por considerá-lo difícil e diferente. "Eu não tinha conhecimento do que realmente era a música e estou aprendendo", declara. Raymara Santos, 20, aprova a dinâmica dos professores. "Eles procuram fazer com que o aluno preste atenção. A explicação deles é muito boa" afirma a estudante de violão e bateria.

terça-feira, 13 de julho de 2010

About Me

“Eu nunca fui uma moça bem-comportada. Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido sem soluços. Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo. (…)Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar…. Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente. Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo. Eu acredito em profundidades. E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos. São eles que me dão a dimensão do que sou.” (M. de Queiroz)